Salgados são uma categoria de alimentos populares em todo o mundo, especialmente como petiscos ou lanches rápidos. Eles podem ser encontrados em padarias, lanchonetes, bares, restaurantes e até mesmo em supermercados. Os salgados são geralmente consumidos em movimento, durante um intervalo no trabalho ou como acompanhamento para uma bebida com amigos.
Existem muitos tipos diferentes de salgados, variando de região para região e de país para país. Alguns exemplos populares incluem coxinhas, esfirras (esfihas), pastéis, croquetes, empadas, quibes, entre outros. Alguns salgados são fritos, enquanto outros são assados ou grelhados.
Alguns são recheados com carne, frango, queijo, vegetais ou frutos do mar, enquanto outros são simplesmente temperados com ervas e especiarias.
Os salgados são uma ótima opção para quem procura um lanche rápido e saboroso. Eles também são populares em festas e eventos, como casamentos, aniversários e reuniões. Além disso, muitos salgados são relativamente baratos e fáceis de encontrar.
A seguir, alguns dos principais salgados encontrados no Brasil:
Coxinha
A coxinha, tal qual em sua forma atual tem sua origem no século XIX, na região da Grande São Paulo, no estado de São Paulo.
Segundo historiadores da alimentação, a coxinha foi desenvolvida durante a industrialização de São Paulo, para ser comercializado como um substituto mais barato e mais durável as tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas de fábricas.
De São Paulo, a receita rapidamente se espalhou pelo restante do estado e logo do Brasil, já sendo popular no Rio de Janeiro e no Paraná na década de 1950.
Croissant:
Croissant é uma palavra francesa que significa crescente. Identifica um pão característico, de massa folhada em formato de meia lua.
Sua origem é atribuída aos padeiros de Viena, onde era conhecido pelo nome de Kipferl desde o século XIII, sendo feito de tamanhos variados. Segundo a tradição, em 1683 (Batalha de Viena), enquanto trabalhavam à noite, estes ouviram o barulho que o inimigo otomano fazia ao cavar um túnel, e ao dar o alarme sobre o que estava acontecendo, conseguiram impedir o êxito do ataque. O formato em crescente seria alusivo à bandeira do Império Otomano. Os franceses ainda hoje chamam este tipo de pão amanteigado devien noiserie’’.
Alguns pesquisadores atribuem sua invenção ao comerciante vienense de origem polaca Franz Georg Kolchitsky que vivia em Constantinopla. Esse homem conheceu o café nessa cidade em 1475 e, com cerca de 500 sacas do produto abandonadas pelos Turcos após derrota em batalha, abriu um “café” onde passou a servir a bebida.
Aí, para acompanhar o café, inventou esse pão em formato de crescente.
Maria Antonieta, originária de Viena, introduziu e popularizou o croissant na França, a partir de 1770, onde hoje é um elemento tradicional do desjejum matinal com uma boa xícara de café com leite. Os nutricionistas recomendam moderação, no entanto, pois contém metade de seu peso em lipídios.
Empada:
A empada ou empadinha é uma espécie de salgado popular no Brasil e em Portugal. De origem desconhecida, é encontrado em quase todos os lugares do mundo. Provavelmente, tem origem nos pastelões portugueses, que consistiam em grandes tortas salgadas, com recheios diversos, com forte influência medieval.
No século XIX os pastelões pequenos eram conhecidos como empadas de caixa. Uma outra razão do sucesso das empadas e empadões, era de que serviam como refeições para os seguidores da Igreja Católica, nos dias de abstinência de consumo de carne de vaca ou suína. Em Portugal, as empadas de frango são hoje as mais populares, sendo possível encontrá-las na maior parte dos cafés e pastelarias, assim como adquiri-las em supermercados.
O salgado é feito de massa podre (massa preparada de farinha com gordura para assar), com recheios variados: carne, carne-seca, frango, requeijão (catupiry), camarão, palmito, entre outros.
A etimologia da palavra empada é uma simplificação para a palavra empanada (também usada no idioma espanhol), com origem no latim panis, que significa pão. O significado mais próximo seria de iguaria de massa com recheio de carne (normalmente), com fechamento (tampa) da própria massa. Nos Estados Unidos da América pode-se encontrar uma empada de frango, chamada chicken pie, e na Inglaterra encontra-se uma empada de frango e cogumelos,e a famosa Melton Mowbray Pie, recheada com carne de porco picada e colágeno.
Esfiha:
Esfirra ou esfiha é uma pequena torta assada originária da Síria e do Líbano, e encontrada em outros países do Oriente Médio, como a Jordânia, Israel e Iraque, além do Brasil e Argentina, para onde foi levada por imigrantes árabes (sírio-libaneses) e tornou-se extremamente popular.
Existem diversas receitas de esfirra. A forma tradicional sempre é feita com massa de pão, assada no forno, com recheios que podem ser de carne bovina, carne de carneiro, queijo, coalhada ou verduras temperadas.
Kibe:
Quibe (ou kibe; em árabe [‘kibbeh] ou [‘kubbah]) é um prato típico do Oriente Médio que consiste em um bolinho de carne (eventualmente substituída por carne de soja), temperada com ervas, que pode ser cru, cozido ou frito.
O nome deriva de kubbeh que em árabe significa bola. É um prato muito popular e considerado o prato nacional no Líbano, Síria e Iraque. É também comum no norte da África, na Turquia, na península arábica e em parte do Cáucaso, como na Armênia. Imigrantes dessas regiões difundiram a receita para outras partes do mundo – em especial para o Brasil, onde se pode comer quibe em padarias, lanchonetes, restaurantes e bares.
No seu preparo mais comum consiste de uma massa de carne moída e trigo tabule, recheada originalmente com carne de carneiro e ervas. O formato, o tamanho e os ingredientes variam muito nos diferentes tipos de quibes. No Iraque existe um tipo de quibe onde a massa (crosta) é feita de arroz, chamado de Kubbat Halab. Também no Iraque, outro tipo de quibe é feito com a massa de carne e trigo, no formato arredondado e chato, chamado de Kubbat Mosul. Finalmente existe um tipo de quibe assírio/iraquiano, onde o quibe é misturado e depois cozido com tomates e temperos.
O quibe com a carne e a mistura de tabule, sem a massa (crosta), pode ser servido cru, chamado kibbe nayye, típico do Líbano, Síria e Iraque, acompanhado do licor de arak. No Líbano, o quibe cru servido num dia, é cozido para ser servido no dia seguinte.
Um acompanhamento tradicional do quibe é o tahine ou a coalhada (labneh).
Apesar de ser originário do Oriente Médio, é um prato popular na América do Sul, onde foi introduzido pelos imigrantes sírio-libaneses, oriundos do antigo Império Otomano.